Em minha opinião a usabilidade é a mais importante dimensão do marketing contemporâneo. Para derrubar eventuais contradições a essa previsão, somo a essa premonição a de que o pino principal das operações de marketing educacional residirá na integração digital entre as multi plataformas de geração de cadastramento de intensões de compra e os ERP’s (adaptados ao nosso léxico – SGA’s).
Por um lado os executivos de marketing de desempenho sabem o custo de captação da audiência necessária para a confecção de um lead … por outro lado (no entanto), equipes de Tecnologia da Informação preservam o rigor absolutamente necessário para o ingressamento de alunos em um contexto de mercado onde a demanda era maior que a oferta e onde existia o interesse em trapacear ( leia-se “estelionato”) o até então Processo Seletivo.
E não restrinjo minha análise à usabilidade de interfaces (tema em ebulição entre especialistas de marketing digital), mas da experiência de consumo de estudantes de modalidades distintas como Ensino Presencial e EAD. Coincidência ou não meu livro foi batizado, ainda em 2009, de “The Campus Experience”. Me autoplagio apropriando-me de um trecho da introdução da obra para ilustrar a antecedência dessa forma de ver o mundo da efervescência que acomete a literatura atual:
“The Campus Experience” é uma expressão em inglês sem tradução, senão literal, para o nosso idioma. O sentido mais próximo seria “Vida Acadêmica”. Esse proporcional em português, contudo, não possui a carga e a amplitude da Campus Experience e é mais utilizado mais como referência as dimensões pedagógicas da vida na universidade, do que da “Vida na Universidade” em toda a sua abrangência. A própria expressão “Vida na Universidade” não carrega o impacto da Campus Experience.
A Campus Experience não é apenas espacial. É temporal também. Não é, apenas, sobre a experiência dentro do Campus. É sobre a Experiência nos anos do Curso, nos anos da formação acadêmica. E nos anos seguintes a sua formação. Portanto transcende as fronteiras físicas e adentra na vida do aluno. É experiência subjetiva que envolve muitos critérios mais, que apenas a “excelência em sala de aula”, sem a qual – no entanto, é praticamente inviável. Esse livro busca apresentar algumas técnicas, estratégias e soluções para transformar o dia a dia de uma Instituição de Ensino em uma Experiência Mágica. Não encontramos uma expressão similar em português que fosse plural como a Campus Experience. Talvez pelo fato de, no Brasil, o Aluno ainda ser visto como um “aluno” (aquele sem luz), objeto de nossa atitude paternalista enquanto professores, e não como um consumidor. Talvez pelo fato de que ainda estarmos presos ao modelo de gestão no qual apenas oferecendo um serviço de qualidade, e (na melhor das hipóteses) tendo uma boa localização e um preço razoavelmente competitivo, garantiremos uma demanda natural. Esse é um velho paradigma (válido até ontem, é verdade) que precisa ser superado. Esses atributos hoje são “o denominador comum” de um mercado super-competitivo. O mínimo necessário para sobreviver. Os alunos de hoje são uma nova geração. Os tempos são de mudança acelerada. E a vida acadêmica deve ser entendida como uma experiência única, memorável, agradável e valiosa. E a essa sensação não conseguimos, ainda, melhor denominador que “The Campus Experience”.
Com a profusão de meios digitais a analise do comportamento de consumo dessas mídias tornou-se mandatória para o sucesso e o fracasso de negócios em todo o mundo. Um case muito elucidativo dessa