Valores. Cada geração carrega seus dogmas, paradigmas e suas verdades e passa para a seguinte sua visão de correção da melhor forma possível.
Esse fenômeno faz parte do processo educativo e quase sempre dá errado. Cada geração cria seus significados e perspectiva o mundo de forma diferente da anterior. E assim caminhamos enquanto humanidade.
Com a Geração Z, que ocupa atualmente as salas de aula em todos os níveis de ensino, e é o objeto central do Marketing educacional contemporâneo, não foi diferente. Seus valores são distintos, singulares e rompem com o status quo, na mesma medida que rompeu a geração dos seus avós (os boomers da revolução cultural dos anos 60).
E os valores de uma geração não chegam empacotados. Eles refletem seu tempo e a realidade do seu entorno.
Não é ambicioso, portanto, afirmar – e as pesquisas já apontam para esse fato– que a Geração Z é uma geração marcada por uma honestidade e senso crítico aguçados. Não apenas no discurso, mas também na prática.
Crescimento da busca, no Brasil, pelo termo “Corrupção” cresceu mais de 3 vezes, no Google, entre 2016 e 2019.
Fonte: Google Trends.
Os valores são diversos. Do policiamento social ao fortalecimento do ministério público e da polícia federal, e a ampla propagação do politicamente correto nas redes sociais, evidenciam uma nova forma de ver o mundo mais humanizada e coerente.
E é necessário que essa visão encontre amparo e aderência nas instituições de ensino superior.
Campanhas institucionais devem propagar a ética. A tolerância ao jeitinho deve ser restrita. Não dá mais para aceitar a cola em sala de aula, ou o plágio em trabalhos universitários sem a adequada e rigorosa punição, assim como os trotes, o bulling e o consumo excessivo de drogas e álcool. Os alunos esperam encontrar esses valores em suas instituições de ensino e elas precisam alinhar-se ao seu novo entendimento do mundo.