Pense no conhecimento como uma represa. Um grande lago artificial construído pelo homem, onde o nível de informações acumuladas elevou-se – nas últimas décadas – a ponto de quase romper as barragens. Ali represado em redes internas e compartimentalizado em centros de saber de todo o mundo (universidades, governos, institutos de pesquisa e empresas privadas), o conhecimento precisava de uma válvula de escape, um turbilhão, de onde escapasse desse lago, gerando energia.
A Tecnologia da Informação foi este turbilhão. Abriu as comportas e deixou a informação inundar o mundo, transbordando conhecimento. Hoje vemos uma válvula de escape “gerando energia” em cada smartphone, em cada endereço I.P. A rede mundial de computadores – nessa analogia – seria a grande represa de dados, e você nesse momento em que esta on-line extraindo informações da Internet, estaria gerando conhecimento.
Hoje vemos uma válvula de escape “gerando energia” em cada computador, em cada endereço I.P. A rede mundial de computadores – nessa analogia – seria a grande represa de dados, e você nesse momento em que esta on-line extraindo informações da Internet, estaria gerando conhecimento.
Somente no Brasil 13 milhões dessas comportas estão gerando conhecimento em todos os lugares, sem controle ou critério.
Para o usuário padrão, que não se utiliza da rede como ferramenta de trabalho pode não fazer diferença se afogar em dados. Para a organização, no entanto, onde na T.I. mora um diferencial competitivo, redundância em pesquisas, re-trabalho e dispersão de atenção gerada pela Internet diminuem a produtividade e conseqüentemente o lucro.
Mas o que isso tem a ver com Ensino Superior?
Tudo.
Assim como nas empresas, essas instituições precisam rever seus conceitos de gestão, especialmente no que diz respeito ao conhecimento. Parece até irônico pensar que dentro de um ambiente onde o principal valor é o saber exista problema de fluxo de informação.
No livro “Gestão Educacional – Uma nova visão” (Bookman – 2004), Maria de Lourdes Oliveira Martins, uma das colaboradoras, dá sua contribuição nesse processo ao dizer que “o conhecimento está na cabeça”. Capturar esse saber é mais do que desenvolver bases de dados e indexar documentos. É, sobretudo, construir ligações, conexões entre indivíduos.
A Tecnologia da Informação é uma realidade imutável. Saber gerenciar seu uso, utilizando suas aplicabilidades de acordo com as necessidades de cada membro da sua organização é a maneira mais racional de utilizá-la.
Porque dados são apenas dados. Quando agrupados geram informações, mas somente quando aplicados à realidade das operações de cada um tornam-se conhecimento. E no conhecimento – cada vez mais – mora a chave da competitividade de todos os mercados.
“Significa que estamos criando novas redes de conhecimento…ligando os conceitos uns com os outros de maneira impressionante…armando notáveis hierarquias de inferência…desovando novas teorias, hipóteses e imagens baseadas em inusitadfos pressupostos, novas linguagens, códigos e lógica. Empresas, governos e indivíduos estão coletando e armazenando mais dados puros que qualquer outra geração na história (criando uma maciça e desconcertante mina de ouro para os historiadores do futuro”. Alvin Toffler.