Algumas instituições de ensino e alguns executivos de marketing educacional são viciados em crise. Mudam os cenários – a paisagem de negócios no segmento de educação é de fato bastante orgânica – e as conversas sempre transitam entre as dificuldades e as mazelas da indústria. Em alguns casos são reclamações vazias, frutos de uma insatisfação crônica que, mesmo frente a resultados positivos, surgem em discussões informais. O habito de reclamar pode ser positivo quando move bons resultados na direção de resultados ainda melhores. Minam o ambiente e a cultura, azedam o clima das empresas, mas levam ao próximo nível. É a gestão baseada no chicote, e apenas nele.
As vezes a crise é sistêmica nas escolas. E nesses casos é importante entender que organizações são compostas por pessoas e pessoas motivadas pelas mais diversas razões. Alguns executivos perpetuam crises, por somente justificarem-se nesses contextos. São os eternos bombeiros de incêndios autóctones que se auto boicotam por não enxergarem alternativas senão por meio de si mesmos.
O executivo centralizador é um exemplo. O delegador compulsivo outro. Qualquer forma de gestão radical, na verdade, é errada e os exageros devem ser tolhidos sempre. Sejam quaisquer os indicadores que você mensure, se eles continuarem caindo, no ano seguinte, e atitudes extremas não forem coordenadas, algo está errado. A crise é boa demais, segundo uma frase corrente atribuída a Einstein, para não ser aproveitada.
Então todos os colaboradores devem estar alertas para esses desvios de comportamento na gestão educacional. A curva de captação é negativa há 24 meses e nada mudou? Provavelmente seus líderes colapsaram em um círculo vicioso de crise. Nesses casos apenas eventos extremos costumam tirar as instituições da inércia. Citando ainda a frase atribuída a Einstein “não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’”. Segundo afirmam o físico austríaco finaliza seu texto dizendo que “we cannot solve our problems with the same thinking we used to create them”.