Uma dolorosa verdade: é fácil conquistar alunos no Brasil e, em sua maior parte, as operações de marketing são ineficazes na gestão de seus processos comerciais. Em grande parte, por não conseguirem projetar o retorno do seu investimento em comunicação. As operações de marketing não realizam custeio baseado em atividade e não administram, portanto, suas fontes de receita de forma isolada.
Como não segmentam, conseguem ter uma visão apenas parcial do resultado de uma campanha e não realizam os ajustes necessários em tempo real. Esse ajustamento “on going” otimiza o investimento, turbina (muito) os resultados das estratégias de comunicação e desfaz dogmas.
Hoje a maior carga de tempo é investida na construção de planos-de-mídia-estanque concebidos, comprados e liberados com antecedência e geridos, portanto, inercialmente apenas.
No novo paradigma o trabalho que antecede a publicação de uma campanha é importante, mas é o início de um processo de administração que não termina nunca.
Se tivessem uma visão mais apurada do processo de comunicação os executivos de marketing compreenderiam que o custo da promoção on line em nosso país é tão baixo que coloca em cheque qualquer outra ação de marketing que não seja digital.
Investir em OOH? Televisão? SEO? Nutrição de Leads?
Hoje qualquer investimento quando confrontado com o custo de geração de leads de alto desempenho (aqueles gerados no ambiente da organização) pode ser questionado.
Abaixo segue uma análise comparativa dos lances sugeridos pela ferramenta do Google AdWords para um conjunto semelhante de palavras chave nos mercados do Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Lances esses de CPC.
BRASIL
ESTADOS UNIDOS
REINO UNIDO
Enquanto no Brasil um usuário proveniente da compra da palavra chave “Escola de Enfermagem” custa R$2,16, nos Estados Unidos, custa R$ 144,00. Uma escandalosa diferença de 6567%. Esse baixo custo de geração de tráfego leva a um custo risível de geração de cadastros.
Um lead autogerado, nessas condições, em uma landing page que converta 10% custaria no Brasil R$21,60 e nos Estados Unidos R$1.440,00.
Se condições dessa natureza permitem
que instituições menos competentes atuem com algum conforto (mesmo tendo
desempenho ínfimo, continuam ingressando alunos), por outro lado, permitem que
as instituições mais organizadas tenham saltos de crescimento, até mesmo em
cenários de crise.
Basta
acompanhar as projeções de resultados dos maiores grupos educacionais do país,
aqueles que melhor investem em presença digital, para compreender as enormes
oportunidades que perduram nesse universo.