No mundo ideal de um gestor educacional um currículo tornar-se-á datado, após alguns poucos meses sem um curso, reciclagem ou atualização. Nessa dimensão perfeita a necessidade pelo serviço educacional seria recorrente. Como a necessidade do exercício do corpo, ou de internet.
Nessa paisagem dos sonhos recrutadores e selecionadores descartarão à primeira leitura candidatos há mais de dois meses longe de um banco escolar.
Afinal na era da informação a educação continuada deveria ser um requisito. Segundo o célebre psiquiatra e professor do MIT, Edgar Schein, nossa vida (que ele dividiu em três grandes ciclos), possui momentos de alta e baixa pressão.
O gráfico abaixo, desenhado por ele nos anos 60, abaixo, vale a leitura.
Ciclos de Influencias sobre as pessoas
Inspirado pelo notório professor tomei e liberdade de redesenhar o gráfico com uma visão de uma eventual mudança de um paradigma dos momentos de alta e baixa pressão, antes e depois da sociedade do conhecimento. Em vermelho, no gráfico abaixo, o paradigma no qual viveram as últimas gerações e em azul o novo modelo. Nossos pais e avós, viveram em uma sociedade que pagou os maiores prêmios por ano de estudo do mundo – segundo várias fontes (http://goo.gl/aUpKNZ)! Bastava, no Brasil dos anos 70,80,90, percorrer a longa maratona entre a educação infantil e o ensino superior para assegurar uma ascensão econômica e social.
Desenhei o novo paradigma do terceiro milênio em azul. Nele a educação é continuada, sistêmica e ininterrupta. Não necessariamente pelas vias formais (Faculdade, Mestrado, Doutorado, Livre Docência) mas muitas vezes por trilhas pedagógicas sustentadas por tecnologia, participação em eventos, palestras etc.
Ciclos de Influencias da Educação sobre as pessoas
Estamos em aprendizagem constante nos anos 2000. Ainda que longe do mundo ideal do gestor educacional, na sociedade do conhecimento descartável a educação formal se tornou, em muitas áreas, perecível. Já escutei de um universitário recém egresso de uma faculdade: “irei trabalhar ao me formar em uma profissão que ainda não foi inventada”.
Essa rápida defasagem a qual estão expostas algumas áreas demanda, de um lado, o tratamento correto das atividades complementares que objetivam modernizar a formação dos estudantes.
Nesse sentido a Faculdade Ateneu, de Fortaleza – CE, construiu em sua campanha um posicionamento único (arrisco afirmar que em todo o mercado do Ensino Superior Brasileiro) pela oferta gratuita de diversas trilhas de ensino que permitem aos estudantes direcionar sua formação. Dessa forma os alunos customizam seus cursos com diversos objetos de aprendizagem (minicursos).
A solução, desenhada em conjunto com a Fess’Kobbi, buscou encontrar um diferencial concreto e tangível e elevar a instituição do grande oceano de lugares comuns que impera na comunicação educacional.
A obsolescência do conhecimento não é programada no sentido da técnica industrial concebida por Alfred Sloan, então presidente da General Motors, na década de 1920.
No início do século passado ele já
procurava imprimir uma cultura de “troca de carro” em seus clientes pelo
lançamento regular de novos modelos e acessórios e pela descontinuação de
linhas inteiras de automóveis. A obsolescência programada está no âmago das
empresas de tecnologia e pode ser a grande oportunidade para as faculdades
buscarem construir programas de atualização vitalícios para seus alunos e
egressos. Afinal a formação de um administrador, por exemplo, não termina na
sua formatura. Ela apenas começa no recebimento do diploma.